Aos 50 anos, Moby lançou recentemente no Brasil “Porcelain: Memórias“, um relato autobiográfico, que narra em detalhes desde o fim da sua adolescência até o lançamento de Play (1999), o álbum que o colocou entre os grandes nomes da cena eletrônica mundial.
Iniciada há cinco anos, a obra contextualiza o cenário de uma Nova Iorque suja e decadente dos fim dos anos 1980 com a vida depreciativa que o pobre garoto levava e como foi o início do seu envolvimento com a música.
O lançamento oficial de “Porcelain: Memórias“, acontece hoje, 20/08, na Festa Protection, produzida pelos djs Rogério Real e Thiago Sabota, admiradores incondicionais do trabalho de Moby e dedicados à cena do Trip Hop. Durante a festa serão sorteados 20 exemplares do livro.
Mais detalhes aqui na página do evento no facebook.
A seguir uma apresentação de Moby ao livro:
“alguns anos atrás, em uma festa no brooklyn, eu estava contando uma história sobre a nova york de 1989.
as ampolas de crack vazias nas plataformas do metrô, as raves até altas horas nos porões vazios e armazéns abandonados, as profissionais do sexo paradas em meio a sangue e vísceras no meatpacking district e os estúdios alugados a 500 dólares por mês…
contei mais, sobre quando comecei a fazer discos, que reciclava latas e garrafas para ganhar o dinheiro da comida, sobre a fábrica abandonada sem banheiro nem água encanada onde eu morava, e que logo antes do lançamento do álbum play eu achava que minha carreira de músico tinha acabado.
eu me senti um pouco como o vovô simpson, contando sobre os disfuncionais dias de glória de uma nova york anterior à abundância desconcertante na qual a cidade caiu.
depois de algumas histórias, alguém disse: “você deveria escrever um livro.”
e então eu escrevi.
porcelain é sobre minha vida entre 1989 e 1999, mas também é sobre nova york se transformando de uma cidade detonada e suja em uma cidade bizarra e estratosfericamente cara.
porcelain é também sobre a cena underground de hip hop e house music do fim dos anos 1980 e sobre o nascimento dos club kids e da cena rave.
começo o livro como um cristão abstêmio em um espaço minúsculo numa fábrica abandonada e termino em um lugar bem diferente.
tentei ser o mais honesto possível. em porcelain, não sou um narrador descolado nem um anti-herói rebelde, sou apenas um ser humano perdido e desorientado tentando entender os mundos estranhos nos quais me encontro.
repito: tentei ser o mais honesto possível, espero que você goste.
Porcelain, Memórias
Editora Intrínseca
416 páginas
R$ 44,90